quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

A Vida Invisivel

Karim Ainouz, tem 53 anos, é de Fortaleza, minha terra natal. Não surpreende o diretor ter feito essa obra prima do cinema nacional. Ele já esteve a frente de Madama Satã, Praia do Futuro e o Céu de Suely.
Contamos com Carol Duarte (27 anos), que interpreta Eurídice Gusmão. E já atuou em tramas na TV, como A Força do Querer, o Sétimo Guardião e Segunda Chamada.
Temos Julia Stockler, que encarna Guida Gusmão. A atriz de 31 anos, já participou de Éramos Seis, Jungle Pilot e Encantados.

Eurídice e Guida, duas irmãs inseparáveis, unidas e criadas por pais portugueses, nos anos 1950 no Rio de Janeiro, tem estórias diferentes e separadas pelo destino. Eurídice uma eximia pianista que se casa e deixa o sonho adormecer para cuidar da família. Guida que foge de casa e depois aparece grávida e rejeitada pelo pai, Manuel (Antônio Fonseca), um homem rígido e orgulhoso que é capaz de guardar segredos por toda uma vida.
Eu fui ver esse filme com minha mãe Francisca e minha irmã Maria Lúcia, no Cine Dragão do Mar. No começo percebi que a Chica não estava gostando muito, ela que é uma noveleira de mão cheia, estava comentando com a Lulu e eu ouvindo ao lado, que a película era muito "deprê".
Até eu achei no inicio, uma estória arrastada e sem sentindo, mas como um quebra cabeça muito bem construído, pelo diretor, com uma fotografia espetacular, imagens e sons fortes, tudo foi fazendo sentido e a emoção aflorando.
Gregório Duvivier, que faz Antenor marido de Eurídice é aquele bom pai, bom marido, mas que não deseja que a mulher seja independente, mas dona de casa. Por sinal, as cenas de sexo, do ator e comediante foram fortes, cheias de gemidos e gritos loucos.
Guida uma mulher que aprende a ser forte, uma mãe solteira, num mundo cheio de machismos e pré-conceitos contra as mulheres.
Um filme feminino, sem ser feminista, uma história de amor, entre duas irmãs que nem, o tempo, nem mesmo a morte conseguiu separar.
No fim muita gente indo as lágrimas, inclusive eu, que tive que segurar a emoção. Minha mãe já estava vendo aquele longo filme de 139 minutos, premiado nos Festivais de Cannes e de Munique, como a extensão das suas novelas.
Realmente mereceu ser pré-indicado ao Oscar 2020, mas injustamente nem se classificou aos finalistas. Merecia talvez melhor sorte.

Originalmente Aqui

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