sábado, 25 de agosto de 2018

Politica e futebol e eleições, exemplos




Meu nome Carlos Emanuel e esse é o FutCearaCast e hoje vamos falar sobre futebol e eleições


Futebol como propaganda de regimes cruéis
            Quem não se lembra da ditadura militar brasileira e o futebol da seleção canarinha, usada como propaganda para o regime aqui no Brasil. Veio o tri-campeonato e a Taça Jules Rimet em definitivo ficou por aqui. Antes do Mundial de 70, João Saldanha, comunista convicto e classsificou a seleção para o torneio no México fora substituído por Mário Jorge Lobo Zagallo, ex-jogador bi-campeão Mundial da Fifa 1958-1962. Era os tempos do milagre econômico de um país prospero feliz, enquanto nos porões os presos que se opuseram ao sistema eram torturados, mortos e alguns desapareciam. Viviamos momentos semelhante aos atuais, quando poucos anos antes o AI-5 suspendia o direito de habeas corpus, como hoje temos no caso Lula. O fim do projeto vitorioso de Delfim Neto se foi em 1973 com a crise do petróleo e por isso veio o arrocho salário e o lema “Brasil ame-o ou deixe-o”.
           
            Na Espanha nos tempos da ditadura franquista, um time modesto apoiado pelo regime seria uma das maiores forças do futebol mundial. O Real Madrid, isso quem diz é o documentário de cerca de uma hora chamado: “O Madrid real. A lenda negra da glória branca”. A história conta que a vinda de Di Stefano para o Real Madrid se deu por uma disputa com seu maior arquirrival Barcelona. Seria também a construção do Estádio Santiago Bernabeú feito com dinheiro público. No período da ditadura o Real venceu depois de um jejum de duas décadas e faturou 14 troféus entre eles as seis primeiras copas européias.
          
            Ainda durante a Guerra Civil Espanhola, o Real Madrid foi presidido por um comunista contrario ao regime franquista. Antônio Ortega Gutiérrez, coronel do exercito. No período a frente do Madrid não houve partidas oficiais, pois a Liga Espanhola e Copa do Rei estavam suspensas. E nessa época o presidente vermelho se concentrou em lutar contras as touradas e as apostas em corridas de cavalos. Em 1939 com o cerco das forças de Francisco Franco, Ortega teve que fugir, mas foi capturado, preso, julgado e condenado a morte.
            Uma democracia no futebol
            E a política está mesmo envolvida no futebol. No Brasil tivemos um exemplo disso em 1982, quando o Corinthians que passava por maus resultados no Campeonato Brasileiro e Campeonato Paulista, e com o fim do mandato de Vicente Matheus, assumiu o clube, Waldemar Pires, que escolheu o sociólogo, Adilson Monteiro, como diretor de futebol. Assim surgia a Democracia Corintiana, termo dado pelo publicitário Washington Oliveto e pelo jornalista Juca Kfouri, quando eram usadas nas camisas frases como “Diretas Já” e “eu quero votar para presidente”, foi o clube o primeiro em cenário nacional a usar publicidade nas camisas. Junte-se a isso os jogadores Sócrates, Wladimir, Casagrande e Zenon lideravam o grupo politicamente onde as decisões eram tomadas por voto igualitário, de seus membros, entre todo seja jogador ou treinador decidiam sobre contratações, regras de concentração, direitos ao consumo de bebidas alcoólicas e liberdade de expressar opiniões políticas. O sistema levou a equipe a uma semi-final de Brasileirão e a ganhar o Campeonato Paulista de 1982-1983, mas com os resultados ruins de 1984-1985 e a criação do Clube dos 13, fortalecendo a cadeira dos mandatários nos clubes, além do desconforto com o regime através do brigadeiro Jerônimo Bastos resultou no fim, do sistema inovador.
            
            Eleições, jogadores e suas promessas
            Dirigentes de futebol na política já era comum no esporte, comum Eurico Miranda, Evandro Leitão, Osmar Baquit, ainda os cronistas esportivos, como Gomes Farias, Paulino Rocha. Mas como o tempo ex-jogadores também se aventuraram na carreira política. Romário atacante dos mil gols, Tetra campeão Mundial e melhor jogador em 1994, foi deputado federal, hoje é senador e que lidera a corrida com 14%, ao governo do Rio de Janeiro. Darlei, goleiro campeão da Libertadores pelo Grêmio foi eleito em 2014, com 158 mil votos,deputado federal com mais votos pelo Rio Grande do Sul, Bebeto, o companheiro do baixinho que também foi eleito deputado estadual com 61 mil votos no Rio em 2014. Jardel com 41 mil votos foi eleito deputado estadual do Rio Grande do Sul e depois teve o mandato cassado por corrupção. Bobô, campeão brasileiro pelo Bahia em 1988, eleito deputado estadual.
            
Fonte:
Jeocaz: https://jeocaz.wordpress.com/2010/06/07/copa-de-1970-e-a-ditadura-militar/
Uol: https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2015/02/28/como-a-ditadura-fez-o-modesto-real-madrid-se-transformar-num-gigante.htm
https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2018/02/18/comunista-militar-e-condenado-a-morte-o-presidente-que-o-real-esconde.htm
Wikipédia:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Democracia_Corinthiana
G1: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/eleicoes/2018/noticia/2018/08/20/pesquisa-ibope-no-rio-de-janeiro-romario-14-paes-12-garotinho-12.ghtml
http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2014/noticia/2014/10/veja-ex-jogadores-que-foram-eleitos-e-os-que-nao-foram-nas-eleicoes.html








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